
Foi na conferência anual da Missão. Palavras simples, mas de imensurável valor, encharcaram nossas almas. Coisas elementares e, por isso mesmo, imprescindíveis. Verdades assim: caráter, poder, aprendizado, missões nos cinco continentes e amor. De todos os lados e para todas as direções, amor, o caminho sobremodo excelente.
Eu vinha pela estrada. Havia deixado os amigos preletores no aeroporto. Amigos da adolescência. Ah, adolescência!... Quão doce é a condenação de não poder livrar-me dela. E foi na estrada, pensando nas palavras, que meu espírito foi encharcando-se de gratidão. Pensei na minha cidade, na igreja, no Deus que sempre foi a razão de tudo isso. Então, falei sozinho, por mais de vinte quilômetros, na solidão do carro a correr e da chuva fina que refrescava a quentura do começo de setembro. Falei como que uma língua desconhecida, que não pudesse ser decifrada, mas que eu sabia bem: era gratidão e esperança! Então, a chuva cessou e o caminho acabou. Colorado do Oeste chegou para o fim da minha curta viagem.
Porém, ficou o som da estrada. Uma palavra viva, vinda de um idioma que nem parecia existir, como se cada sílaba dançasse junto com os pingos da chuva. A gratidão era por saber que minha alma se prostrava diante do Rei e isso a livrou de prostrar-se diante de outros homens, de suas falcatruas e prostituições. E ficou a esperança. O que fazer com tanta beleza? Lembrei-me do ipê cor das rosas no mês de agosto: como pode haver tanta beleza em meio a tanta dor? É aí que a esperança achada nas palavras do começo desse texto lança seus tentáculos de fé e amor, visto que são gêmeos. Onde há um o outro está. Se as palavras partilhadas naquela conferência foram flechas atiradas pela esperança, então os meus vinte quilômetros estão certos. O que fazer com tudo isso?
Tem uma igreja. Igreja são pessoas. Então, tem pessoas que se acham feridas por essas palavras. E a esperanças são elas. Pessoas fora dos templos, como caçadores, para caçar os aflitos, os perdidos, os que estão cegos e chafurdados na cegueira. E as palavras desses caçadores são mesmo simples: caráter, amor, aprender sempre, missões...
E a adolescência que voltou aqui por poucos dias, se foi de vez... Ficou a gratidão e o amor, parceiros da esperança, esses que não são vulneráveis ao tempo. São sim, cúmplices de palavras que podem mudar, ganhar o coração de pessoas de dentro e de fora. Até porque também nossa adultice está indo embora, vulnerável que é ao tempo. Então, o fim é, coração e pés, do lado de fora, embalados pela esperança.
Paz e a gente se encontra pelos quilômetros de uma estrada qualquer...
Eliel Eugênio de Morais
Pastor
Colorado do Oeste, 17 de Setembro de 2009.
Eu vinha pela estrada. Havia deixado os amigos preletores no aeroporto. Amigos da adolescência. Ah, adolescência!... Quão doce é a condenação de não poder livrar-me dela. E foi na estrada, pensando nas palavras, que meu espírito foi encharcando-se de gratidão. Pensei na minha cidade, na igreja, no Deus que sempre foi a razão de tudo isso. Então, falei sozinho, por mais de vinte quilômetros, na solidão do carro a correr e da chuva fina que refrescava a quentura do começo de setembro. Falei como que uma língua desconhecida, que não pudesse ser decifrada, mas que eu sabia bem: era gratidão e esperança! Então, a chuva cessou e o caminho acabou. Colorado do Oeste chegou para o fim da minha curta viagem.
Porém, ficou o som da estrada. Uma palavra viva, vinda de um idioma que nem parecia existir, como se cada sílaba dançasse junto com os pingos da chuva. A gratidão era por saber que minha alma se prostrava diante do Rei e isso a livrou de prostrar-se diante de outros homens, de suas falcatruas e prostituições. E ficou a esperança. O que fazer com tanta beleza? Lembrei-me do ipê cor das rosas no mês de agosto: como pode haver tanta beleza em meio a tanta dor? É aí que a esperança achada nas palavras do começo desse texto lança seus tentáculos de fé e amor, visto que são gêmeos. Onde há um o outro está. Se as palavras partilhadas naquela conferência foram flechas atiradas pela esperança, então os meus vinte quilômetros estão certos. O que fazer com tudo isso?
Tem uma igreja. Igreja são pessoas. Então, tem pessoas que se acham feridas por essas palavras. E a esperanças são elas. Pessoas fora dos templos, como caçadores, para caçar os aflitos, os perdidos, os que estão cegos e chafurdados na cegueira. E as palavras desses caçadores são mesmo simples: caráter, amor, aprender sempre, missões...
E a adolescência que voltou aqui por poucos dias, se foi de vez... Ficou a gratidão e o amor, parceiros da esperança, esses que não são vulneráveis ao tempo. São sim, cúmplices de palavras que podem mudar, ganhar o coração de pessoas de dentro e de fora. Até porque também nossa adultice está indo embora, vulnerável que é ao tempo. Então, o fim é, coração e pés, do lado de fora, embalados pela esperança.
Paz e a gente se encontra pelos quilômetros de uma estrada qualquer...
Eliel Eugênio de Morais
Pastor
Colorado do Oeste, 17 de Setembro de 2009.
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