quarta-feira, 16 de junho de 2010

SOBRE UMA DE TRÊS PESSOAS


A terceira pessoa

“Agradável” é o que significa seu nome: Naamã. Um dos grandes líderes militares de sua época. Conquistou o amor e o respeito do rei da Síria, porém, apesar de toda a sua força e poder, sofria de uma doença temível e terrível: a lepra.
Ouviu algo promissor de uma pequena e solitária escrava e, surpreendentemente, acreditou nela. E o rei preparou sua viagem. Os reis, tanto de Israel quanto da síria, foram secundários nessa história, até porque um assustou o outro com esse negócio de cura, que era assunto para o profeta e seu Deus, não para reis.
E o que aconteceu no fim da viagem? É necessário lembrar que Naamã queria uma coisa só, mas precisava de duas. Queria a cura da lepra que deformava suas carnes, mas precisava também da cura da alma, visto que essa deformava seu espírito no orgulho e solidão. Mas ele não reconhecia essa segunda doença, e o que ocorreu entre ele e o profeta na terra daquela menina, demonstra isso.
Naamã não teve um encontro com honrarias como era seu desejo, e recebeu instruções de um mensageiro em vez dos rituais que esperava. E o recado que recebeu também era menor do que sua expectativa. Foi lhe dito para ir ao Rio Jordão e lá mergulhar por sete vezes. Isso o irritou e humilhou e, por isso, recusou-se a obedecer. O que isso revela? Que apesar de ser grande em seu oficio, tinha uma alma diminuta, acostumada a batalhas, porem vazia de significado. Naamã precisava da cura que ele mesmo não reconhecia. Mas, pergunto eu, como julgá-lo? É simples reconhecer que não se tem a alma educável? É fácil reconhecer-se vazio quando nos acostumamos a grandes batalhas? É fácil julgar Naamã, mas o que ele fez é tão semelhante aos dias atuais... Ele demonstrou todo o seu orgulho e falsas expectativas de como seria tratado e de como o profeta lhe serviria a cura. Por isso foi inflexível. Queria soluções rápidas, dessas que tentam fugir ao preço da distancia a ser percorrida para uma cura, principalmente a da alma. Além disso, queria tratamento especial por causa das soluções íntimas que tinha sobre si mesmo. Foi assim que se irritou, sentindo-se injustiçado e, por isso, rejeitou a nova solução. Era mesmo um caso para a segunda cura que ele não via
Porém, Naamã era um líder e, como tal, tinha a seu lado pessoas que podiam se pronunciar. E esses lhe deram um conselho valioso. Isso mostra o quanto a alma é curável. Naamã mudou seu pensamento e foi limpo da lepra e livre de alma. A história mostra isso. Voltou até o profeta e ofereceu-lhe presentes e uma súplica. Pediu que lhe dessem terra de Israel para ser levada até o templo do deus das tempestades em Damasco, era o testemunho permanente de que seu coração adoraria somente o Deus único. E fica o legado desse grande líder, uma coisa bem didática: quem permanece educável recebe bênçãos contínuas e outras inesperadas, pois o orgulho e a teimosia são inimigos ocultos e macios, porém destroem a beleza da alma.

Paz e a gente se encontra pelos conceitos inesperados de Deus...
Eliel Eugênio de Morais
Pastor
Colorado do Oeste, 15 de junho de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário