sábado, 11 de julho de 2009

SOBRE O QUE SE CRÊ

Recentemente li um artigo constrangedor. Um grupo de velhas senhoras tentando servir a Deus de uma forma que entristeceu a minha alma. O problema estava no conceito que tinham do caráter do Deus a quem, pretensamente, adoravam. Aquelas senhoras subiam uma trilha com imensas pedras na cabeça, que feriam, cansavam e esfoliavam seus velhos corpos. O problema é que pensavam que quanto mias peso, mais feridas... Quanto mais feridas, mais esfoliações... E assim, quanto mais, mais... Mais Deus lhes ouviria. E eu sei que ao final daquela caminhada suas almas estariam mais feridas, mais pesadas, esfoliadas e... Mais distantes de Deus!
O que aquelas senhoras não compreenderam é que não é suficiente crer. Tão importante quanto crer, é o que se crê. Elas criam num Deus sádico que se alimenta de pedras pesadas, de esfoliações cansativas. Creram num Deus assim, por isso praticaram uma religião assim. O mesmo se pode dizer de muitas praticas religiosas, como por exemplo, as cordas do Ciro de Nazaré ou as toalhas do chamado “apóstolo mundial do poder de Deus”. Coisas absurdas que revelam o engano de se pensar que basta um coração sincero ou que todos os caminhos levam a Deus.
Em que você crê é tao importante quanto o fato de crer. A biblia apresenta Jesus como uma porta estreita, e é estreita porque vai direto ao ponto central da lma humana: o orgulho e o amor. Aquelas senhoras precisam entender, simplesmente, que Jesus já levou sobre si nosssas dores e que a trilha a ser percorrida vai direto à cruz. É a cruz a direçao que todos nós devemos perseguir. É na cruz que se resolve os problemas da alma. A cruz é lugar de morte e é lugar de vida. Morte ao orgulho, ao adultério, ao ressentimento inutil, à cobiça e a todas as coisas que são custosas à alma humana abandonar. É porém, um lugar de vida nova. E essa vida começa com o perdão, quebrantamneto, uma mudança da visão de quem é o Deus a quem se busca. Coisas tão diferentes das escadarias, das pedras, as cordas ou as toalhas...
Afinal, aquelas senhoras e aquelas pessoas das cordas de Belém ou os adeptos das toalhas, irão fazer muita força, se esfoliarem... E suas almas poderão continuar adúlteras, orgulhosas, ressentidas. Porque a força Jesus já fez, porque a estrada da cura é a cruz onde o preço já foi pago. A questão é que o caminho é a palavra de Deus.


Colorado do Oeste, 23 de Outubro de 2008.

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