sábado, 11 de julho de 2009

UMA PLACA NA BEIRA DA ESTRADA

Estou chegando de um curso. Muito ouvi sobre as doenças do pós-modernismo que tem atingido todos os seguimentos, todas as idades e religiões: estresse, depressão, culpa, suicídios... E foi na viagem de volta, aí pelo interior do mato Grosso, que uma coisa simples chamou minha atenção. Uma placa com os seguintes dizeres: “Seja como o sol, volte todo dia”. É mesmo impressionante que as coisas mais contundentes escondem-se por trás de coisas simples.
Explico. O coração humano é simples. Como a flor precisa de sol e calor, o ser humano precisa de silencio e amor, ou toque e amor, ou ainda, relações e amor, segurança e amor... Tudo e amor. São imensuráveis as coisas que vão encontrar significado no amor. Era para ser simples assim, mas nós complicamos, e, de repente, o que era para dar paz, traz dor. E a dor é tanta, o desequilíbrio é tamanho, que já é necessário fazer cursos para tratar dessas dores que nasceram do que não é simples. Repito: dores que se curariam com amor, com toques e com a imensurável palavra de Deus.
E nós somos como o sol, essas coisas vão e vêm todos os dias. O escritor do livro dos cânticos no Velho Testamento, diz que sua amada é como o lírio entre os espinhos. É uma metáfora exuberante do amor. Quem pode amar com uma simplicidade assim? Quem pode se curar dos venenos emocionais e até espirituais que se borrifam por aí e que se apresentam com os mais diferentes nomes? Eis alguns: desconfiança, ciúme, possessão e tantos outros! É verdade que o mundo pós moderno nos arrasta para o delírio de suas apetitosas doenças. Elas estão aí, convidando e sugando a simplicidade e o silêncio que necessitamos para ter paz. E a vida se esvai ou é vivida mediocremente. Vou repetir algumas delas, só para não esquecer: o estresse, que é cavaleiro agoniado; a depressão, que é inquilino traiçoeiro; a culpa, que é companheira envenenada; e a solidão que é parceira do nada.
Assim, tem uma placa na beira da estrada. Todos os dias, indo com o sol ou chegando com ele, têm uma esperança na palavra que Deus dirige a você. A paz de Deus é mesmo como o lírio entre os espinhos. No fim do dia, as fadigas irão, e nós, vamos para a cama do sono restaurador. O dizer é: com quem vamos recostar a cabeça e para quem vamos entregar os nossos sonhos? Lembre-se da escrita na estrada do interior do Mato Grosso: volte todos os dias! E esta crônica acrescenta: Deus sempre estará lá!

Colorado do Oeste, 18 de março de 2009.

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